sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Pro dia nascer feliz

O filme “Pro dia nascer feliz” é um documentário, de longa metragem, produzido e dirigido por João Jardim.
Retrata, com fidelidade, o dia-a-dia do jovem brasileiro, suas inseguranças, suas incertezas, suas angústias, especialmente no âmbito escolar.
Revela os profundos contrastes existentes nas realidades dos universos das escolas brasileiras. Isso se deve ao fato de que o Brasil apresenta imensas disparidades sociais e econômicas, de uma região para outra e, até mesmo, dentro de uma mesma cidade. Há uma tênue linha que separa os bairros nobres, das favelas, como acontece, por exemplo, no Rio de Janeiro.
Como resultado dessas disparidades, alunos, funcionários, a escola e a própria comunidade sofrem os efeitos, os quais afetam consideravelmente a formação desses jovens, a ponto de impor obstáculos nas perspectivas de vida deles.
A ausência de políticas públicas bem definidas e eficazes, por parte do Estado, conduzem a sociedade -- e aí se inclui, obviamente, o jovem -- a uma condição de eterna derrotada, pois os profissionais da área do ensino são mal remunerados, não são valorizados, não há estrutura física mínima para se ministrar aulas, inexistem equipamentos motivadores das aulas, etc. Com efeito, como exigir que esses professores e demais funcionários tenham um desempenho satisfatório, se nem mesmo segurança eles têm para trabalhar?
Como conseqüência, esse mesmo jovem agride moral e, até mesmo fisicamente, os professores e demais funcionários, destroem as instalações escolares e materiais didáticos, furtam e danificam equipamentos. É uma forma de reagir às agressões que ele, jovem, vem sofrendo, por parte da sociedade, desde o momento de sua concepção.
Esse filme tem o poder de nos conduzir à reflexão sobre tal quadro, para que busquemos alternativas exeqüíveis que possam ao menos atenuar as diferenças abissais que separam as realidades sociais brasileiras.

2 comentários:

Maria Lúcia Vinha disse...

Caro Zanoti
Adorei teu comentário sobre o filme!Parece que estou te ouvindo falar tudo isso!
Um abraço da Lúcia

Unknown disse...

Sr. Zanoti,

Desculpe-me pela intromissão no seu site pessoal para tratar de um assunto acadêmico. Explico que este foi o único canal de comunicação que encontrei (digitando seu nome no google). Meu nome é Marco Antônio Vaz, sou acadêmico de Direito na UFPel (Univ. Federal de Pelotas-RS) e graduado em Administração pela mesma universidade. Li um artigo seu sobre a lei 11.101/05. Estou fazendo meu TCC na mesma área de pesquisa abordada em seus artigos. Se tiver interesse em trocarmos e-mail's sobre indicações de leituras sobre o assunto (mais pra eu aprender, obviamente), coloco meu e-mail à sua disposição: vazmarcoantonio@gmail.com